2003-10-29

REINVENTAR. Terminaram os incêndios de Verão mas as florestas continuam a ferro e fogo. Estão em curso potenciais mudanças estruturais onde, contudo, é difícil ver mais do que fumo. As questões em debate sobre a floresta portuguesa podem ser lidas em função das públicas públicas, algo que, depois dos jogos de poder, aparece de imediato no debate. Não sei se o problema das florestas portuguesas é um problema estritamente agrícola ou ambiental ou, pelo contrário, como suspeito, é tudo isso mais alguma coisa. Parece-me, contudo, que nesta e noutras matérias o que deveria estar em causa é muito mais do que a habitual trica desinformada, interesseira, mesquinha, de horizontes muito curtos. O que deveria estar em causa é a capacidade de um país se reiventar e equacionar novas soluções para os velhos problemas que quotidianamente vão afectando a nossa auto-estima colectiva. Isto é válido e necessário na floresta, na justiça, na educação, na economia, nas autarquias, nas empresas e por aí fora.
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