2004-04-16
FUSÃO NA ENFERMAGEM. Notícia do Público: "Os conselhos directivos das 15 escolas superiores de enfermagem que deverão ser fundidas ou integradas em universidades acusam o Governo de indefinição neste projecto, que já está a dificultar o desenvolvimento dos programas escolares. Os presidentes dos conselhos directivos e directores das 15 escolas superiores de enfermagem públicas estiveram ontem reunidos para analisar o estado em que se encontra o projecto de fusão das instituições. A presidente do Conselho Directivo da Escola Superior de Enfermagem Francisco Gentil, em Lisboa, explicou que as instituições estão preocupadas com a "não tomada de decisão política sobre a reorganização da rede das escolas superiores de enfermagem". Segundo Teresa Silva Machado, esta "indefinição" está a provocar "vários constrangimentos e dificuldades no desenvolvimento de programas escolares". "Continuamos a funcionar como escolas individuais, quando há um projecto para trabalharmos em rede", frisou. Os representantes das escolas solicitaram à ministra da Ciência e do Ensino Superior uma audiência com "carácter de urgência" para "análise da situação destas Escolas Superiores de Enfermagem" tendo em conta a iminente criação da rede das Escolas Superiores de Enfermagem. "Este pedido resulta do facto da Ministra da Ciência e Ensino Superior nunca ter respondido aos insistentes pedidos anteriormente formulados", adiantou Teresa Silva Machado. As quatro escolas públicas de enfermagem de Lisboa vão ser fundidas, o mesmo acontecendo com as três instituições do Porto e duas em Coimbra. As restantes seis escolas, que funcionam onde não existem politécnicos, deverão ser integradas nas universidades. A fusão visa "superar a carência de enfermeiros em Portugal e aumentar a formação destes profissionais, além de rentabilizar os recursos", como explicou Teresa Silva Machado."