Estudo de caso
TRANSFORMAÇÃO PLANEADA NA DESMOND & SONS
A Desmond & Sons representa um bom exemplo da transformação planeada por uma empresa têxtil britânica localizada na Irlanda do Norte. O problema da Desmond & Sons é que, desde 2001, teve que encerrar oito das suas nove fábricas irlandesas. Despediu 1400 trabalhadores. Trata-se, no fundo, de um cenário que começa a ser familiar em Portugal e que Empreender entende destacar. Mas vejamos porque a Desmond & Sons, empresa fundada em 1885, pode ser um caso instrutivo. Em primeiro lugar é um bom exemplo porque, apesar do encerramento das fábricas britânicas, aumentou as vendas e mantém-se como um dos principais fornecedores de vestuário da Marks & Spencer. Fê-lo, evidentemente, deslocalizando. A transformação é evidente se repararmos que no espaço de oito anos passou as vendas de 163 milhões para 250 milhões de dólares. Neste mesmo período, o peso da produção além fronteiras evoluiu de 20 para 70 por cento do total e o número de trabalhadores de 3000 para 5350. Ou seja, na sua essência deixou de ser uma empresa britânica e criou três "joint ventures" no Sri Lanka e uma outra na Turquia. Porque é que tudo isto aconteceu? Porque os custos no Sri Lanka são de 35-40 cêntimos de dólar por hora/homem, na Turquia variam entre 1 e 1,25 dólares e no norte da Irlanda andam na casa dos 7-8 dólares. Será possível conciliar salários e níveis de vida europeus com indústrias de mão-de-obra intensiva? Naturalmente, não. (Fonte: adaptação de Empreender com base em dados recolhidos no Financial Times).
TRANSFORMAÇÃO PLANEADA NA DESMOND & SONS
A Desmond & Sons representa um bom exemplo da transformação planeada por uma empresa têxtil britânica localizada na Irlanda do Norte. O problema da Desmond & Sons é que, desde 2001, teve que encerrar oito das suas nove fábricas irlandesas. Despediu 1400 trabalhadores. Trata-se, no fundo, de um cenário que começa a ser familiar em Portugal e que Empreender entende destacar. Mas vejamos porque a Desmond & Sons, empresa fundada em 1885, pode ser um caso instrutivo. Em primeiro lugar é um bom exemplo porque, apesar do encerramento das fábricas britânicas, aumentou as vendas e mantém-se como um dos principais fornecedores de vestuário da Marks & Spencer. Fê-lo, evidentemente, deslocalizando. A transformação é evidente se repararmos que no espaço de oito anos passou as vendas de 163 milhões para 250 milhões de dólares. Neste mesmo período, o peso da produção além fronteiras evoluiu de 20 para 70 por cento do total e o número de trabalhadores de 3000 para 5350. Ou seja, na sua essência deixou de ser uma empresa britânica e criou três "joint ventures" no Sri Lanka e uma outra na Turquia. Porque é que tudo isto aconteceu? Porque os custos no Sri Lanka são de 35-40 cêntimos de dólar por hora/homem, na Turquia variam entre 1 e 1,25 dólares e no norte da Irlanda andam na casa dos 7-8 dólares. Será possível conciliar salários e níveis de vida europeus com indústrias de mão-de-obra intensiva? Naturalmente, não. (Fonte: adaptação de Empreender com base em dados recolhidos no Financial Times).