Vasco Eiriz

A MONTANHA E O RATO. Há motivos para estarmos preocupados. Uma das maiores dúvidas que assola a governação actual em Portugal é saber se a agenda reformista do governo não passa de meras boas intenções, sem resultados equivalentes às expectativas que vão sendo criadas. Há vários episódios que ilustram que a montanha está a parir um rato. Um desses episódios, traduzido em factos, não em desejos, vem hoje no Diário Económico: "Nos primeiros seis meses deste ano entraram para a Função Pública 22.420 pessoas, mas apenas se reformaram 12.254. Ou seja, houve um aumento líquido de 10.166 efectivos no universo de trabalhadores. Os números constam do boletim da Direcção-Geral do Orçamento. Esta tendência contradiz os objectivos do Governo para o conjunto da legislatura que apontam para uma redução de 75 mil funcionários. "