2006-12-09

Gameware


Há momentos, qual experiência de consumo excitadíssima, tornei-me , sem querer, no primeiro cliente da loja de Braga da Game. Eu já conhecia este retalhista de jogos e tinha inclusive lido uma peça sobre os seus planos de expansão para Portugal. Na altura fiz o recorte do jornal porque me pareceu ser uma ilustração interessante para vários tópicos de estratégia e marketing que lecciono. Tinha também ficado algo desiludido porque Braga, ao contrário por exemplo de Viana do Castelo, não era referida nos ambiciosos planos de expansão. Foi por isso que me pareceu uma feliz coincidência quando fui informado pelo jovem deslocado de Lisboa para abrir a loja de Braga que eu era o primeiro cliente desta loja. Comentei que a minha compra – um cartucho para transportar jogos da DS Lite do Simão no valor de 2,95 Euros – era deveras pequena mas que se todas as pessoas que hoje entrarem na loja fizerem uma compra equivalente, então a loja fará um excelente dia. Ainda por cima fiz-me de imediato sócio, o que permitiu duplicar a facturação. Por mero acaso não perguntei se me seria oferecida uma consola. Afinal eu era o primeiro cliente, mas temo que sairia sem consolo. Depois, sinal dos tempos, ao fazer-me sócio notei que o visor da máquina de registar se referia à minha "tarjeta". Comentei de imediato que o "software" ainda estava em espanhol. Pediram-me desculpa, que isso seria rectificado na segunda-feira. É deveras curioso constatar como uma empresa britânica, como muitas outras de outros países, entra e expande em Portugal através de Espanha, como se Portugal fosse pouco mais do que uma grande região espanhola. Noutro sinal dos tempos, sabem onde abriu a loja? Num espaço onde esteve até há pouco tempo a Valentim de Carvalho, um retalhista que ainda não assimilou as novas regras do Game da distribuição!
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