2007-11-24

A Estrada
Cormac McCarthy
Relógio D'Água, 2007

Este é um daqueles livros de dôr, sofrimento e amor. À medida que a leitura caminha por esta estrada, a morte e a luta pela vida não nos largam, sempre entremeadas pelo amor entre pai e filho. É uma daquelas histórias que traz lágrimas e nos faz revisitar os miúdos enquanto dormem. Imperdível.


«Um pai e um filho caminham sozinhos pela América. Nada se move na paisagem devastada, excepto a cinza no vento. O frio é tanto que é capaz de rachar as pedras. O céu está escuro e a neve, quando cai, é cinzenta. O seu destino é a costa, embora não saibam o que os espera, ou se algo os espera. Nada possuem, apenas uma pistola para se defenderem dos bandidos que assaltam a estrada, as roupas que trazem vestidas, comida que vão encontrando – e um ao outro. A Estrada é a história verdadeiramente comovente de uma viagem, que imagina com ousadia um futuro onde não há esperança, mas onde um pai e um filho, “cada qual o mundo inteiro do outro”, se vão sustentando através do amor. Impressionante na plenitude da sua visão, esta é uma meditação inabalável sobre o pior e o melhor de que somos capazes: a destruição última, a persistência desesperada e o afecto que mantém duas pessoas vivas enfrentando a devastação total.»
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