É assim que funciona o mercado da imprensa: «No dia 20, na edição em que assinala o segundo aniversário, o jornal que vale por si vai distribuir DVD de filmes infantis. “É uma rendição aos DVD”, admite José António Saraiva, director do semanário Sol. “A proposta [ao conselho de administração] foi minha. Não vou esconder que se trata de um recuo. Criticamos os políticos quando não são coerentes, também temos de assumir esse ónus. É algo que faço com alguma pena”, diz o responsável do título. José António Saraiva aponta a inflexão da política do semanário às actuais condições de mercado. “Os brindes nos jornais são um erro. O mercado foi conduzido todo nesse sentido. Aos sábados todos os jornais têm brindes. Estamos em situação concorrencial desvantajosa face aos outros jornais”, considera o director do Sol. “A corrida pela liderança só é possível se oferecermos alguma coisa associada ao jornal”, conclui. [...]» (Meios & Publicidade, 12 de Setembro de 2008). Se daqui a uns tempos alguém lhe disser que aumentou a leitura dos jornais, desconfie. Há muita gentinha - incluindo o editor deste blogue - que frequentemente compra jornais não pelo que eles valem, mas pelos brindes associados.