2008-11-13

A demissão do reitor da Universidade de Lisboa

Ontem pela manhã conversava com uma colega sobre o futuro próximo duma universidade. Dizia-lhe eu que o cenário mais óbvio para um reitor imediatamente após a homologação de novos estatutos que têm consequências sobretudo no método de eleição do reitor, deveria ser a demissão. É o normal e é aquilo que fazem os verdadeiros líderes. Podem, evidentemente, se essa fôr a sua vontade, voltar a candidatar-se. Para mim não foi por isso nenhuma surpresa quando, também ontem à tarde soube da demissão do reitor da Universidade de Lisboa. Como digo, a surpresa seria que um reitor continuasse a exercer o cargo como se nada tivesse mudado. Da mesma forma que não pode deixar de se assinalar positivamente a frontalidade e posição de António Nóvoa que vai candidatar-se também para combater a política do actual Governo no sector. E aqui sim, assumir esta ruptura da forma que Nóvoa o fez demonstra coragem e é um acto de higiene necessário.
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