2008-12-17

Connectis

COACH
Por Miguel Gonçalves

Mais do que uma simples palavra também é um acrónimo. O seu significado depende do contexto em que se insere. Poderá designar um coche, uma carruagem, um explicador, entre outros. Porém e numa perspectiva de estratégia organizacional vejamos a acronímia: C – Care; O – Observe; A - Act; C – Communicate; H – Help.

Care - traduz a atenção, o cuidado e o interessar-se por algo. Num contexto organizacional poderá entender-se como o estar atento às dificuldades dos colaboradores, às suas preocupações, às suas inquietações, e ao seu progresso individual. Estas pequenas demonstrações, por parte do líder, potenciarão um movimento de conforto sobre os seus empregados.

Observe - constitui um olhar atento sobre as ocorrências numa jornada de trabalho. A observação transporta uma análise mais cuidada dos comportamentos, dos hábitos, das formas e dos procedimentos adoptados e a adoptar em cada um dos trabalhadores, tendo em vista, de forma continuada, um melhoramento da sua capacidade “produtiva”.

Act - não é mais de que o acto, o desempenhar uma tarefa de forma célere, profícua e cuidada.

Communicate - é o arte de comunicar e de transmitir aos colaboradores a missão da empresa, os objectivos de cada um com vista ao alcance dessa missão. A comunicação torna-se um imperativo para minimizar a subjectividade, cruzar ideias e diferentes perspectivas cognitivas. O facto da empresa não ignorar a comunicação, permite a partilha de experiências, a troca de saberes, o conhecimento mútuo, o incremento da confiança e do relacionamento. Relacionar permite, com base em sucessivas e constantes interacções sociais, envolver um conjunto de experiências, no intuito de poder avaliar as virtudes, os defeitos, os pontos fortes, os pontos fracos, os elementos comuns e as divergências.

Help - determina a ajuda. O líder deverá auxiliar no melhoramento das tarefas a realizar. A orientação e a cooperação da hierarquia apresentam-se com factores relevantes no cumprimento das políticas e dos objectivos da empresa.

Como é evidente, não é possível exercer, a tempo inteiro, o COACH. Uma maior proximidade aos colaboradores, no sentido de demonstrar preocupação, atenção, prestar ajuda e comunicar poderá fazer a diferença.

Miguel Gonçalves, licenciado em Gestão de Empresas, pelo Instituto Superior de Línguas e Administração de Santarém; é Técnico Superior no Instituto do Emprego e Formação Profissional; possui um mestrado em Contabilidade e Administração promovido pela Universidade do Minho, onde apresentou a dissertação intitulada “Redes Institucionais de Conhecimento: Estudo de uma Rede na Indústria Têxtil e do Vestuário”.
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