2009-05-23

Uma política de pequenos passos morrerá paralisada

Gostei de ler o discurso do Presidente do Conselho Geral da Universidade de Lisboa, Henrique Granadeiro, na cerimónia de tomada de posse de António Nóvoa como Reitor. Porque não dúvido que o que está em causa é matéria aplicável à grande maioria das instituições de ensino superior, permito-me selecionar um pequeno extracto:
«[...] Centro de excelência por vocação e por convívio com as áreas de progresso do conhecimento, a Universidade, paradoxalmente, coexiste e subsiste com métodos e técnicas de gestão obsoletos para o desempenho adequado das suas funções agora de uma outra amplitude. Esta situação absorve meios desproporcionados, por um lado, e, por outro desperdiça oportunidades e recursos que deveriam potenciar o desenvolvimento das suas áreas de intervenção prioritárias: o ensino, a investigação, a gestão da inovação.

A experiência de outras instituições públicas e empresas tem demonstrado de modo inequívoco que o sucesso das reformas nesta área implica rupturas e cortes drásticos com as rotinas estabelecidas, pelo que uma política de pequenos passos morrerá paralisada pela asfixia dos pequenos poderes e das supostas autonomias periféricas. [...]»
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