2009-06-23

Blogue que não se engana

Assim se escrevia neste blogue em Novembro de 2008, a propósito da recente lei de governação universitária: «[...] o cenário mais óbvio para um reitor imediatamente após a homologação de novos estatutos que têm consequências sobretudo no método de eleição do reitor, deveria ser a demissão [...].» Mais tarde, em Janeiro, em referência à Universidade do Minho acrescentou-se: «[...] Mas será que o reitor se vai demitir? - perguntam alguns. Formalmente não é obrigado a fazê-lo e, de acordo com a lei, pode concluir o seu mandato. Mas o certo é que é insustentável manter-se no cargo com um Conselho Geral acabado de eleger, cuja principal função é eleger o reitor. Pela falta de legitimidade política (não jurídica) seria insustentável para a sua posição e para a instituição. E o certo é que, em tempos particularmente difíceis, a Universidade do Minho passaria a viver durante bem mais de um ano numa situação de fragilidade inaceitável. Se é certo que, para além de ser um inveterado fumador, o reitor da Universidade do Minho pode ter muitos defeitos, não me parece que a estupidez seja um deles. Por isso mesmo, acredito que talvez ninguém melhor do que ele está ciente disso e agirá em consequência, abrindo um novo ciclo reitoral. [...] para mim, a maior dúvida não é pois saber se se demitirá ou não, mas antes quando isso ocorrerá [...].» Pois bem, como aqui se aventava, o reitor da Universidade do Minho deu o passo que se impunha. Fê-lo ontem com um comunicado à academia.
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