2009-06-17

Polícias e burlões

A mistura entre grandes negócios e política é hoje em Portugal de tal forma pantanosa, que até os polícias e burlões se confundem.

«Empresas do grupo Visabeira, que tem o Estado como segundo maior accionista, são suspeitas de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais. [...]. Pela primeira vez em processos relacionados com a Operação Furacão, os investigadores entraram numa empresa em que o Estado é um dos principais accionistas, através da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e de uma socieade de capital de risco controlada pela Agência de Investimento e Comércio Externo de Portugal [...]. Ambos têm administradores delegados no grupo. Pela CGD está Francisco Bandeira, actual presidente do BPN. António Xavier da Costa é o administrador nomeado pela AICEP, Capital Global. A CGD é, segundo fontes contactadas pelo DN, um dos principais financiadores do grupo. E, como banco, tem até produtos directamente ligados à empresa de Viseu, como o cartão de crédito Visabeira, que dá descontos em alguns produtos do grupo liderado por Fernando Campos Nunes.» (Diário de Notícias, 17 de Junho de 2009).
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