2009-07-04

Laboratório

Incubação
Por Hugo Patrício, Hugo Magalhães, Joaquim Pereira e Jorge Teixeira

As incubadoras de empresas podem ser comparadas com as incubadoras de uma maternidade, onde bebés prematuros que não reúnem as condições ideais de sobrevivência e de preparação para o ambiente externo, são devidamente vigiados num ambiente temporariamente controlado e de condições ideais. Espera-se que a incubadora de empresas seja um lugar seguro para empreender novas empresas e novos negócios.

O empreendedor é aquele que ousa empreender, ousa tomar a iniciativa e fazer acontecer, ousa propor-se a encontrar uma solução para resolver um problema seja ele económico, social, pessoal ou outro. Normalmente não dispõe mais do que uma ideia que pretende transformar em algo de concreto. Mas, por ventura, pode não deter competências de gestão empresarial, uma rede de contactos, capital, acesso à tecnologia, acesso aos mercados, experiência ou provas dadas. Assim, muito para além da simples ideia de condomínio de empresas, em que partilham serviços comuns, estas são as necessidades a que as incubadoras devem potencialmente dar resposta. É este o papel das incubadoras! Para tal, as incubadoras devem assumir o papel de nó numa rede que agrega em seu redor a Administração local, as agências governamentais, as Universidades, os centros tecnológicos e de investigação, os parques de ciência e tecnologia, as empresas, os mercados, os investidores e as financeiras, permitindo que as ideias se transformem em produtos e/ou serviços e que cheguem aos mercados com a qualidade requerida e com o sucesso comercial desejável. O sucesso dos programas de incubação ditarão a sustentabilidade das incubadoras, que também estas devem ser capazes de empreender.

Laboratório é uma coluna da autoria de alunos de unidades curriculares lecionadas pelo editor deste blogue. Os textos publicados, sujeitos a edição, baseiam-se na revisão de artigos académicos.

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