Empresas familiares
Por Ana Macedo e João Franco
As empresas familiares têm sido alvo de grande atenção por parte da literatura em gestão. Este artigo permite primeiramente uma breve descrição das principais características diferenciadoras das empresas familiares, assim como suas vantagens e limitações. Na sua essência as empresas familiares são aquelas que: i) têm intenção de manter controlo da família na coligação dominante; ii) recursos únicos, inseparáveis, sinergias e capacidades que resultam de envolvimento da família e suas interacções; iii) uma visão de valor de criação transgeracional; e por último iv) a prossecução de tal visão.
Este tipo de organizações, é guiada não só por objectivos económicos como por objectivos não económicos. Desta forma, as empresas familiares contam com uma vantagem acrescida no que se refere à captação e alocação de recursos, uma vez que beneficiam de um capital social forte, com relações duradouras com os stakeholders da organização, e de uma estratégia projectada para o longo prazo, favorecendo as relações entre os seus colaboradores. Essa relação forte com os colaboradores permite também a criação de sinergias, o aumento do altruísmo recíproco e a maior circulação de informação entre os trabalhadores da empresa. A combinação destes factores internos com os objectivos económicos da empresa, revelaram-se de grande importância para a empreendedorismo ser bem sucedido durante várias gerações. No entanto, se a longevidade das empresas familiares pode ser considerado um ponto forte, esta pode também ser um factor de risco, podendo provocar a sua estagnação.
Neste tipo de organizações familiares assistimos a uma maior dependência entre os CEOs e o comportamento empreendedor que esta irá enveredar, sendo que os órgão de chefias exercem durante períodos mais alargados do que em empresas não familiares. No entanto, uma excessiva ligação entre o CEO e as missões corporativas da empresa podem conduzir a comportamentos conservadores, relacionadas com questões de sucessão e estabilidade a longo-prazo. Questões de sucessão estas, que deverão ser relacionadas com o grau de conhecimento experiencial ou técnico, específicos de cada industria, para a transferência de cargo ser bem sucedida. O aproveitamento dos recursos, poderá ser aumentado através do aproveitamento das oportunidades tecnológicas, no entanto serão necessários planificações estratégicas, próprias de cada mercado, para que a performance seja a melhor e o sucesso a longo-prazo seja assegurado.
Laboratório é uma coluna da autoria de alunos de unidades curriculares lecionadas pelo editor deste blogue. Os textos publicados, sujeitos a edição, baseiam-se na revisão de artigos académicos.
Por Ana Macedo e João Franco
As empresas familiares têm sido alvo de grande atenção por parte da literatura em gestão. Este artigo permite primeiramente uma breve descrição das principais características diferenciadoras das empresas familiares, assim como suas vantagens e limitações. Na sua essência as empresas familiares são aquelas que: i) têm intenção de manter controlo da família na coligação dominante; ii) recursos únicos, inseparáveis, sinergias e capacidades que resultam de envolvimento da família e suas interacções; iii) uma visão de valor de criação transgeracional; e por último iv) a prossecução de tal visão.
Este tipo de organizações, é guiada não só por objectivos económicos como por objectivos não económicos. Desta forma, as empresas familiares contam com uma vantagem acrescida no que se refere à captação e alocação de recursos, uma vez que beneficiam de um capital social forte, com relações duradouras com os stakeholders da organização, e de uma estratégia projectada para o longo prazo, favorecendo as relações entre os seus colaboradores. Essa relação forte com os colaboradores permite também a criação de sinergias, o aumento do altruísmo recíproco e a maior circulação de informação entre os trabalhadores da empresa. A combinação destes factores internos com os objectivos económicos da empresa, revelaram-se de grande importância para a empreendedorismo ser bem sucedido durante várias gerações. No entanto, se a longevidade das empresas familiares pode ser considerado um ponto forte, esta pode também ser um factor de risco, podendo provocar a sua estagnação.
Neste tipo de organizações familiares assistimos a uma maior dependência entre os CEOs e o comportamento empreendedor que esta irá enveredar, sendo que os órgão de chefias exercem durante períodos mais alargados do que em empresas não familiares. No entanto, uma excessiva ligação entre o CEO e as missões corporativas da empresa podem conduzir a comportamentos conservadores, relacionadas com questões de sucessão e estabilidade a longo-prazo. Questões de sucessão estas, que deverão ser relacionadas com o grau de conhecimento experiencial ou técnico, específicos de cada industria, para a transferência de cargo ser bem sucedida. O aproveitamento dos recursos, poderá ser aumentado através do aproveitamento das oportunidades tecnológicas, no entanto serão necessários planificações estratégicas, próprias de cada mercado, para que a performance seja a melhor e o sucesso a longo-prazo seja assegurado.
Laboratório é uma coluna da autoria de alunos de unidades curriculares lecionadas pelo editor deste blogue. Os textos publicados, sujeitos a edição, baseiam-se na revisão de artigos académicos.