2010-01-19

ClaustrUM

Novas oportunidades nocturnas
Agora que foi tornado público o "contrato de confiança com o ensino superior", compreendi finalmente uma das razões, senão a principal, de se colocar tanta ênfase no início de cursos pós-laborais a partir de Setembro. É que o ministro tinha feito uma visita à universidade há escassas semanas, em 18-11-2009. Terá trazido aí a notícia de forma confidencial?

A fragilidade sindical no ensino superior
Há muitos anos que o sindicalismo anda pelas ruas da amargura. E é pena porque há necessidade de sindicatos fortes, independentes e representativos. Talvez mais do que nunca. Infelizmente, isto não acontece, situação que parece mais grave no ensino superior do que noutros sectores da educação. De acordo com José Precioso, colega do Instituto de Educação, em mensagem dirigida a um sindicalista, também ele nosso colega, com conhecimento a todos os restantes, afirma que «comparando a vossa actividade com a dos colegas delegados sindicais do Básico e do Secundário (liderados pelo Mário Nogueira), compreendemos porque é que os colegas desses níveis de ensino, obtiveram a garantia que se forem classificados com Bom, atingirão o topo da carreira. E como 80% são Bons e os outros Excelentes, vemos quanta injustiça vai por aí e como nós, docentes do Ensino Superior estamos a ser discriminados. Somos avaliados de forma muito mais rigorosa, e mesmo os que têm mérito após essa avaliação, não têm qualquer garantia de que progridem na carreira. A explicação para esta injustiça está na atitude dos sindicatos e dos colegas do Ensino Superior.»

Procura-se
Na primeira reunião do conselho da minha escola, deliberou-se que a personalidade externa a integrar o órgão deverá ter os seguintes atributos: disponbilidade; motivação; sensibilidade para a realidade do ensino superior, do mundo organizacional e da riqueza interdisciplinar da escola; integridade; e visibilidade. E se houve consenso nesta adjectivação, vale também a pena acrescentar os seguintes atributos que reforçam a mensagem: ligação ao meio empresarial; proximidade; ausência de conflito de interesses; equidistância científica e disciplinar em relação às áreas da escola; influência política; capacidade empreendedora; e valor acrescentado para a escola.

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