2015-07-17

Erasmus

A propósito de burocracias típicas de fim de ano letivo, acabo de ter uma conversa aqui na escola com a international relations officer - acho que é assim que se chama - que confirma as suspeitas que acumulei com anos de experiência junto de estudantes Erasmus: há hoje por essa Europa fora uma tribo de estudantes que beneficiam do financiamento comunitário para estudar noutro país. Acontece que esses estudantes de proveniências cada vez mais remotas vão para outros países e uma parte significativa deles faz tudo menos estudar.

Dispenso-me de contar aqui os episódios anedóticos que muitos deles provocam junto dos professores - recordo-me por exemplo de um estudante que entendia que o devia passar como sinal de gratidão por ele ter vindo para Portugal para conhecer a nossa cultura!

Em alguns casos, a coisa vai a tal ponto que, incomodada com a atitude de muitos deles, a minha colega desabafa e diz que não é uma agência de viagens ao que eu lhe respondo que não sou piloto de aviões, embora não me importasse. Há estudantes que não percebem isso. Ainda assim temos que lhes preencher os papéis e fico estupefacto a olhar para pautas com nomes como Kamil, Nana e Teona que não faço ideia quem sejam.
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