2004-06-29

GENERAIS. Um dos editoriais de ontem do Financial Times foi particularmente bem conseguido. Nele se ensaia um paralelismo muito interessante entre os desafios do futebol no Euro 2004 e as negociações entre nações no seio duma União Europeia alargada. Diz-se, por exemplo, que dois pequenos países nórdicos, no caso a Suécia e Dinamarca, podem perfeitamente pôr fora de prova uma potência latina como a Itália, da mesma maneira que um minuscúlo estado báltico, a Lituánia, impõem um empate à quase imperial Alemanha, pondo-a também fora do Euro. Há depois um outro país que joga em casa e por pequeno que seja é um dos mais fortes aspirantes a levantar o troféu, da mesma maneira que um cidadão seu deverá passar a liderar a Comissão Europeia. Apesar de tudo, baseando-se em Carl von Clausewitz, o Finantial Times lembra que a batalha decisiva será sempre a última; esta é a que mais conta! Fica, portanto, no dia de hoje, este ensinamento para Durão (o dia mais longo da sua vida), e para amanhã, o recado é para Scolari.
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