2004-11-26
ELITISMO ACADÉMICO. É normal e até recomendável que no sistema de ensino superior haja instituições de primeira e segunda. Na verdade, é impossivel que todas as instituições possam ser niveladas por cima. Sabe-se que quando há tentativas de nivelamento, este ocorre por baixo, não por cima. As mais fracas não progredim por aí além e as melhores estagnam ou, nalguns casos, decaem impostas por uma política de uniformidade que não as deixa inovar e progredir mais do que os outros. Esta é a essência da mensagem de "How Harvard got ahead", reportagem de Graham Bowley saída no Financial Times de 16/17 de Outubro passado. Nela se constata que uma universidade como a de Harvard só consegue chegar e manter-se no topo desde que promova o "elitismo académico", algo que requer a escolha e o fomento dos melhores alunos e professores em detrimento duma cultura igualitária que não distingue o trigo do jóio. Enfim, uma velha receita que faz com que, apesar de privada, Harvard só aceite nos seus cursos de graduação 10 por cento dos candidatos.