![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsOCeSuT8nGnuutwOoLSYPvB8kTW_hU6i72c2e0ZJbvBhfQvj53d_WogFGOD2i7Gs1mbR1IZZWpo4-ELHW-qrTreECjyv27By6Zgoh81sekjT0_LESlORN3Ue8v3EytdHIengI/s1600/2015-01-02+11.14.55.jpg)
No instrutivo prefácio de aproximadamente uma dúzia de páginas, Paul Auster assinala o seguinte sobre o herói de Fome:
«[...] Ele procura o que é mais difícil em si mesmo, cortejando a dor e a adversidade da mesma maneira que outros homens procuram o prazer. Não passa fome porque tenha de o fazer mas por uma estranha compulsão interior, como que para empreender uma greve de fome contra si próprio. [...]» (p. 10)A postura do herói deixa-nos a reflectir se no início de mais um ano, na sociedade da abundância e do desperdício em que vivemos, mesmo com a suposta crise instalada, não deveríamos colher daqui um ensinamento louvável: no combate às calorias e outros excessos, despojemo-nos da comida, ginásio e de outras modernizes e façamos um voto de fome. Com livros que nos alimentem, naturalmente. Este blogue deseja a todos os seus leitores um bom ano.