Nestas circunstâncias, nos casos em que o arguente realiza o seu trabalho de forma completa, as arguições são normalmente melhor conseguidas e as provas tornam-se enriquecedoras para todos os participantes e assistência. Isso mesmo ficou hoje comprovado com a arguição do meu colega António Azevedo, tendo produzido comentários de enorme qualidade e questões bem pensadas para colocar a candidata à prova. O arguente propiciou desta forma uma discussão do tema inequivocamente acima da média do que é habitual nestas provas em virtude de também a candidata o ter acompanhado na resposta às questões e na compreensão dos tópicos em debate.
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Apontamento realizado na prova.
Haveria muito a dizer sobre as questões colocadas e sobre o debate havido, mas neste momento apetece-me realçar um tópico de pesquisa sugerido pelo arguente: o estudo dos modelos de negócios dos festivais de verão. Havendo em Portugal mais de 100 festivais deste tipo, qual o modelo de negócio subjacente a cada um deles? Este não foi o tópico de pesquisa que esteve por detrás desta prova mas é uma boa questão para estudos futuros. Quem sabe se alguém não virá a pegar nele.
De resto, a parte mais divertida da prova - nestes eventos há normalmente um momento zen que gosto de captar - foi quando terminada a intervenção do júri com os merecidos elogios que teci na qualidade de orientador, a Joana Cruz - amiga da Filipa que ontem mesmo concluiu também o mestrado com sucesso - arrancou umas palmas que levou a restante assistência e o próprio presidente do júri - imagine-se - a também eles baterem palmas! Foi de fato um momento raro de assistir num júri mas alguma vez haveria de acontecer. Acho que me contive mas gostei de ouvir aquelas palmas. A Filipa e a forma como a prova decorreu justificaram-as.