2010-06-01

Paços do Concelho (13)

Lamentavelmente, as suspeitas que aqui colocámos na última entrada dos Paços do Concelho, confirmaram-se. Isto é, o executivo municipal monçanense (infelizmente não é o único caso) está a recorrer a um artifício jurídico - que, aliás, alguns consideram ilegal - não só para se por de fora do esforço de regularização financeira que está a ser pedido ao país, como, mais grave ainda, para aumentar o número de funcionários públicos com contrato a tempo indeterminado.

É isso mesmo: quando fui convocado de urgência para uma sessão extraordinária da Assembleia Municipal de Monção (AMM), poderia pensar-se que era para ajudar a resolver os problemas financeiros do país e, por consequência do munícipio, quiçá aprovando medidas de redução da despesa. Mas nada disso. O que queriam era o nosso parecer favorável para agravar esses problemas. Daí que o Grupo Municipal do PSD na AMM tenha votado contra a proposta do executivo socialista com a seguinte declaração:
«Votamos contra porque entendemos que é moral e eticamente inaceitável que num momento em que o Governo socialista exige sacrifícios a todo o país - de que são exemplos a redução das prestações sociais ao desemprego apresentadas nesta mesma semana e o apelo aos munícipios para que haja contenção -, a Câmara Municipal de Monção pretenda aumentar o número de lugares do mapa de pessoal de forma precipitada e oportunista, fomentando a injustiça social.»
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